meu querido, vim suplicar
para que retires essa máscara que me atira de joelhos a ti
para que enfim, talvez, eu pare de sonhar com teus fios sujos e desvairados
com teu sorriso sutil e infantil
e com cada última gota de expectativas
com as quais preenchi sua incógnita gestalt.
perdoa-me pelos versos compridos e desajeitados,
mas é a primeira vez que escrevo-te sem um muro entre nós
meus dedos tremem, embriagados pela idéia de seus olhos percorrerem meu poema
não é amor que sinto por ti
mas uma paixão por um mistério docemente familiar...
apesar de haver outros enraizados em minha bomba aórtica
poderias ali acampar por algumas eternidades
armar barraca longe das raízes, mas abaixo de uma árvore
e compartilhar com eles a fauna que me mostrares
coração das trevas e da luz
a feição de suave monstro, de criatura escondida do hostil:
impressão.
terça-feira, 2 de novembro de 2010
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