aqui, no meu canto
dançando com minhas palavras não-pronunciadas
fetos de expressão
permaneço no centro do tornado
a contemplar o movimento,
o caos pacífico e alostásico
ao embaralho de interocepções amorfas
que abalroam-se, abraçam-se, beijam-se e chacinam-se
ao som de grizzly bear
num girar de guarda-chuva
em meio a uma tempestade de pomarola.
meus bebês parecem ensangüentados, mas deliciam-se
fazem guerra e abrem a boca para cima
infância perdida encontra-se aí,
no êxtase dionisíaco que ainda não esqueci.
quanto a mim, ao fazer parte deste banquete
penso comigo mesma se embriago-me o suficiente
e sorrio, frente às fartas cachoeiras de memórias emotivas
aos riachos de lágrimas e risadas,
de dor, agonia, euforia, angústia, luto, júbilo e amor
as águas que irrigam meu ser.
lanço-me, banho-me e abro a boca para cima
para que, na psicose, vivamos felizes para sempre.
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