violinos balançam-me enquanto filosofo sobre rabiscos inconscientes
as nuvens esculpidas de presente por belle e sebastian
permitiram-me modelar essa casa de veraneio
onde o tempo é sempre nevoeiro e nevasca
e descontínuo, num ziguezague
formando oito infinito ao patinar pelo lago congelado.
desse mundo é árdua a tarefa de voltar
cair na história contínua e evolutiva
fria
e não o frio afetuoso dos flocos
mas um frio a corromper a forma do meu poema
cutucar-me com o tagarelar de meus deveres
e reprimir-me o mínimo de paixão que tento os impôr
de modo a moldá-la em uma escala de 1 a 10.
eu sou 11, 100, um milhão
ela é todos os números que pairam pelo conjunto
nenhum deles entenderá a sua voracidade
e seu fogo os queimará
para não encherem mais meu saco
discursando que o caos é errado.
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