frente à derrota recolho-me a meus sonhos
dia último do mês penúltimo,
novembro me trouxe bons mares.
agora a maré se resguarda,
a bruma dissolve as expectativas
que fizeram-se espuma.
de onde vem a calma
que agora viola-me com falos de seda
silenciando-me com um pano quimificado
que corrói, penetra
e rasga meu âmago
até o capotar no chão
sozinha e esquecida
pois não há braços para os quais cair.
renegada, polvilho a pólvora que povoa o cio
e retenho-a retalhada,
como quem aborta os próprios desejos
em nome da sanidade
com as mãos entre as coxas,
e a rosa de hiroshima entre as mãos...
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