sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Do que vai, o que fica.

Não, nunca esquecerei. O céu de lua cheia que sorria para nós, debruçados sobre a areia; o som das ondas quebrando que preenchia o momento, que falava por si próprio. Duas almas que se entregaram à união cósmica do sentimento mais puro, sem medos, sem convenções. Naquela noite se amaram como ninguém mais. Ele era único, o dono de todas as euforias virgens apaixonadas que transbordavam daquela menina; aquele presente em todos os sonhos, todos os planos e todas as aspirações adormecidas. Da fusão originou um mundo secreto feito de retalhos. Retalhos esses ora de confissões sussurradas por telefone, ora de pôr-do-sol perdidos, ora de pensamentos vagos no escuro. O mar de diamantes nos levava para longe; longe de qualquer opressão, de qualquer pesadelo. Lá estávamos nós, só nós, vestidos de sonhos, de mãos dadas, à espera da eternidade.
Essa imagem do sentimento permanescerá encrostada em minha alma; escondida em seu quarto especial dentro de mim.

Feliz é a inocente vestal.
Brilho eterno de uma mente...

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