Ao som da flauta, estavam todos mergulhados naquele tudo-azul; cada um com seus corações nas mãos, entrando em si, e ao mesmo tempo unidos. Unidos por uns fios invisíveis e pegajosos, que nos fazia aproximar. Em seguida, o festival de abraços não poderia ser mais natural. Um estendeu a mão, o outro abriu os braços: simples assim, tão sincero, tão cheio de amor. Dois desconhecidos compartilharam o abraço mais apertado e mais sincero desde muito tempo. A sala emanava amor, respirava-se o amor na pele, nos sorrisos e nos olhares. A rede de amor se formou, fazendo cair lágrimas e mais lágrimas, pela sensação de não estar mais sozinho.
Não foi preciso muito tempo até darmos as mãos, em círculo. Cada um olhava para o grupo, e sorria com todo o corpo; alguns até com os olhos transbordados. Éramos um. A música começou a tocar: A roda girava, em meio a risos e sambas, cantar e cantar e cantar, e eu não poderia estar mais feliz. Olhei para todos, e flashes da época da inocência me vieram; aquela em que estendíamos nossos corações, em que não fazia sentido desconfiar, e que dizíamos sim. Pela primeira vez em muitos anos, não estava mais sozinha. Não havia mais incerteza nenhuma. Ficamos com a pureza da resposta das crianças - é a vida, é bonita e é bonita!
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