minha existência é marcada por pingos salgados.
a lacuna se desenrola em um continuum
frente ao fantasma do seu corpo nu
cada centímetro todo o amor do mundo.
nada é o meu entorno,
é o lado direito solitário da cama
é o que corrói poro por poro
abocanhando um tiquinho a cada dia
broca da minha condição humana,
do meu desespero e do meu absurdo.
cílios molhados umidecem minha carência,
sonhos estuprados soltam farelo
sujam meus lençóis e não consigo mais dormir
aterrorizada ao lembrar da manhã
e dos abraços que não receberei
dos cabelos em que não me afagarei
dos planos que não cumprirei...
domingo, 12 de dezembro de 2010
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