uma aurora de um novo amor já nasceu
no berço de uma pulsão desacorrentada.
animus raiou de meu âmago e fluiu em espiral
ascendeu até o céu da boca e deslizou
suavemente enlaçado a meu hálito
pairou e envolveu as mordidas, os arranhões e gemidos
e tudo consumiu-se em chamas
catarse astral.
as almas queimam para transformarem-se
combustam em poeira de estrela
sôfrega energia as lança no infinito universo
como se ainda abraçadas em ávido desejo
e enfim sucumbem ao sideral em esplendoroso fogo de artifício.
neva flocos de poeira cósmica:
em galáxias, asteróides e cometas
e ao sistema solar
uma jornada para o recomeço
para tecer novas constelações
traçar novos labirintos
saborear novas gotas de chuva
fazer novo amor.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário