tão vasto e derradeiro é o mundo lá foraaterracedor e iluminado
por detrás da visão listrada semicerro os olhos
murmurro onomatopéias
agarro com furor minhas cobertas
e tento fugir da luz, no calorzinho do meu líquido amniótico
me aconchego e encolho as pernas
retorno à posição do quadro de Klimt
lá de dentro, a sonata de Liszt chega a meu inconsciente
promulga suas garras nebulosas esverdeadas
e me traz de volta, pelo PCs ao Cs
me fazendo esticar, tatear
até encontrar os botões que a fazem parar
(para retornar às profundezas da mente em dez minutos)
enquanto busco me devolver ao estado alucinógeno
tão doce, tão sincero
com o qual a alma me presenteia
no nosso encontro noite após noite:
meu amor mais duradouro,
mais íntimo, mais pleno
minha única psyché.
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