É, pode ser que a maré não vire
Pode ser do vento vir contra o cais
Quem bater primeiro a dobra do mar
Dá de lá bandeira qualquer, aponta pra fé
E rema.
Aqui me construo frente a uma máquina para registrar o máximo possível dos fluxos dos meus pensamentos. Aposto nas teclas para não esquecer de um momento, como este.
Pois bem. Encontro-me num momento peculiar e regozijante: a quasi-mania, o borbulhar de planos e possibilidades - ahhhhh, suspiro...
A imagem do Louco encarna em mim. Arquétipo, delírio, forças, o que for: o importante é o que aparece neste momento, um entusiasmo revigorante, um prana que sopra em mim na direção afora, para o mundo. Sim, é possível integrar e, a partir do choque entre intituições, dissolvê-las em moléculas, e assim utilizar-me da minha alquimia para a criação vital. A sopa primordial da minha concepção de psique - yes, we can!
Um brinde!
domingo, 22 de maio de 2011
segunda-feira, 16 de maio de 2011
zeros magnéticos
o cântico me inspira.
danças aéreas pela grama
malabarismos e estrelas, corda-bamba em precipício
os nômades que gargalham no bambolê
a bola de cristal que encuba o sol
os raios que encontram o distante farol
o círculo que se reúne para o ukulele
todo dia é dia e tudo em nome do amor
ainda é cedo para colher a flor?
danças aéreas pela grama
malabarismos e estrelas, corda-bamba em precipício
os nômades que gargalham no bambolê
a bola de cristal que encuba o sol
os raios que encontram o distante farol
o círculo que se reúne para o ukulele
todo dia é dia e tudo em nome do amor
ainda é cedo para colher a flor?
sexta-feira, 6 de maio de 2011
O Louco
a cítara transcende por meus olhos fechados
pulsa cores e traça O Louco
à beira do precipício com a flor na mão
e a troncha nas costas
ele é livre, errante
pisa e devora suas raízes.
ó, nobre desrazão
abraço-lhe ao tomares o meu ser
enquanto respiro o úmido ar da mata
frio que acaricia minhas feições
e traz o aroma verde da montanha.
eu, então, me redesenho em Ártemis
senhora da noite e da floresta
que, sentada na lua,
ao admirar meu reino,
precipito-me de cabeça à imensidão
com um calor no peito e uma flor na mão
tal como O Louco na iminência do feito.
sinto então o cosmos,
sou as estrelas, a lua, o mundo
pois tudo é potência
tudo é movimento
proveniente do sopro primordial
que capta todo o sideral.
pulsa cores e traça O Louco
à beira do precipício com a flor na mão
e a troncha nas costas
ele é livre, errante
pisa e devora suas raízes.
ó, nobre desrazão
abraço-lhe ao tomares o meu ser
enquanto respiro o úmido ar da mata
frio que acaricia minhas feições
e traz o aroma verde da montanha.
eu, então, me redesenho em Ártemis
senhora da noite e da floresta
que, sentada na lua,
ao admirar meu reino,
precipito-me de cabeça à imensidão
com um calor no peito e uma flor na mão
tal como O Louco na iminência do feito.
sinto então o cosmos,
sou as estrelas, a lua, o mundo
pois tudo é potência
tudo é movimento
proveniente do sopro primordial
que capta todo o sideral.
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