domingo, 6 de junho de 2010

Stella foi colher amoras e voltou com uma Amélie.

As madeixas pretas lá jaziam, na mais eterna doce melancolia. Só, envolta por sentimentos de amargura, de seu cantinho erosivo não sairia : era sua porta (trancada) para seu próprio mundo. Correntes de giletes a enclausuravam em um mausoléu nobre, criada por ela para ela mesma. Seu mórbido visage e seus olhos sem esperança avistaram o espelho dos narcisos, e lá se afundou; de nada mais necessita além de seu espetáculo sofrido, a cerimônia de premiação dos maiores pesares cujo troféu foi dado a ela, por ela. O mundo lá fora era frio, irreal, quebrado e traiçoeiro; e o pior de tudo, lá, ela teria que renunciar sua tristeza.
Que lhe daria o amadurecimento em troca do abandono do doce sofrimento?

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