no miolo de uma flor de Édipo
mantenho-me enroscada em posição fetal
sou bebê a ser descascado do repolho
frágil e sábio
pois não sabe
contempla o que flui ao seu redor
envolvendo-o como perfume em neblina
cor-de-rosa, cor de prosa
a magia do mundo dança narcisa.
a criança não percebe ali estar
mas seus semelhantes a obrigam
dão-lhe de presente um espelho e um cérebro:
e agora, quem veio primeiro, a vida ou a morte?
questões impostas que não eram questões.
por isso mesmo a criança se perde
pois agora há um referencial do que é se encontrar -
o que é isso que sinto? como nomear, lapidar, lidar?
este é o novo enigma
aquele que não partiu de mim mesma
mas sim das esfinges.
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tommy?
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