Pendulando em opiniões, vou nadando
no aquário do Canal, e os anos vão passando
e eu marrei
porque estou tão doente disso tudo...
se lar é onde mora o seu coração
por que sou arremessada
de novo e de novo
de volta para o Atlântico?
Acorrentada à mancha, alterno de terras
de tempos em tempos
pra ver qual me vai.
mas algumas vezes tento ver
qual me terna...
e tudo converge num transtorno patrial
a teia que eu me fiz construir
da qual não consigo mais sair.
Alma extraviada continua sua busca
pela nação que encha seus sapatos
para ela sempre será errante
e errante ela para sempre será.
obs.:
stuck / la manche
j'en ai marre / i'm so sick of it
quelle me va / which one suits me
fill its shoes
for it will always be
segunda-feira, 15 de março de 2010
segunda-feira, 8 de março de 2010
Inverno
as flores congeladas que nascem dos algodões-doces
dançam no ar em direção à terra
hora graciosas, hora apressadas
tortas, coreografadas ou não
seguindo o ritmo da orquestra de dentro dos tímpanos.
ao fim de seus redemoinhos deixam rastros brancos
brancos como sua grande-mãe, solitários ou em massa
massa esta que se deita sobre as folhagens
e os gramados, as árvores e as montanhas
até mesmo nas terras: verglas.
os filhos glissados lançam um feitiço sobre o ambiente
em vez de adormecê-lo, o enche de sonhos
penumbra lívida
no deslizar, enxerga-se
o sem fim, o eterno
os flocos passam espalhando o encanto
encantando o reino das almas perdidas
tocando as faces uma por uma
o castelo contempla a chegada dos ventos gelados
é tempo de parar, refletir, enquanto vêem-se as tempestades níveas
e enfim dormir em paz.
dançam no ar em direção à terra
hora graciosas, hora apressadas
tortas, coreografadas ou não
seguindo o ritmo da orquestra de dentro dos tímpanos.
ao fim de seus redemoinhos deixam rastros brancos
brancos como sua grande-mãe, solitários ou em massa
massa esta que se deita sobre as folhagens
e os gramados, as árvores e as montanhas
até mesmo nas terras: verglas.
os filhos glissados lançam um feitiço sobre o ambiente
em vez de adormecê-lo, o enche de sonhos
penumbra lívida
no deslizar, enxerga-se
o sem fim, o eterno
os flocos passam espalhando o encanto
encantando o reino das almas perdidas
tocando as faces uma por uma
o castelo contempla a chegada dos ventos gelados
é tempo de parar, refletir, enquanto vêem-se as tempestades níveas
e enfim dormir em paz.
quarta-feira, 3 de março de 2010
À procura de palavras poéticas
no momento súbito que um acorde ultrapassa seus tímpanos, a musa fecha os olhos.
ela não é mais mulher, não é mais musa
ela é pena a voar, carpa a dançar
reais emoções dela transbordam
e como soprá-las para fora?
ela não é mais mulher, não é mais musa
ela é pena a voar, carpa a dançar
reais emoções dela transbordam
e como soprá-las para fora?
Penélope
Penélope calvalgou no corcel indomável;
suas loucuras o tomaram e ela tomou suas rédeas.
sentir, é o que Penélope quer sentir
correndo pela campanha
ao relinchar, e a designar seu futuro
porque a noite não adormecerá
nunca
e nunca adoçará; quiçá amolecer
mas certamente salgará
pois há força sufocante em seus lençóis.
suas loucuras o tomaram e ela tomou suas rédeas.
sentir, é o que Penélope quer sentir
correndo pela campanha
ao relinchar, e a designar seu futuro
porque a noite não adormecerá
nunca
e nunca adoçará; quiçá amolecer
mas certamente salgará
pois há força sufocante em seus lençóis.
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