eu senti
senti tudo ao mesmo tempo
grama, roupas, peitos, sangue
com uma energia musical que me abraçava.
para acompanhar, me abracei
eu me senti...
não precisava de nada -
de tudo me bastava
no céu lá estava eu dançando ao movimento
das luzes espelhadas na água.
me unir àquela fonte, toque a toque:
uma magia de cada vez.
ao som de gritos ritmais, meus dedos se fundiam
à água, como nunca antes
seu sonho havia se realizado bem ali, noutra realidade
seres-filhos; finalmente
enquanto os vizinhos do primeiro andar
têm um orgasmo com a grama
o self vive uma aglomeração de mundos;
uma colcha de retalhos psíquico-sensoriais
que a incorpora com naturalidade
divagam assim entre os universos de cada detalhe
unindo-os, mestiço
totalidade -
será?
o boom se completa com a colisão
das bochechas de algodão com os cachos de anjo
se unem ao rosto, ao abdomem, às pernas
e descansam junto ao antes self
imersos no que agora sim é novo universo
misto: um.
(the great gig in the sky -)
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